sexta-feira, 1 de julho de 2016

4. Elefante (Gus Van Sant, USA, 2003)


Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia (Fonte: Adoro Cinema).

Façam seus comentários até o dia 31/07

18 comentários:

  1. O filme retrata situações comuns em qualquer ambiente escolar: o bulling com a garota considerada feia, ela é apontada pelas outras meninas, esta garota é tímida, com poucos amigos, vive se escondendo, o diretor representa isso por quase nunca mostrar seu rosto, pois alunas que sofrem com o bulling procuram estar o mais invisível possível. Tem o grupo de meninas populares bulímicas, elas são as bonitas da escola, estão sempre conversando e comentam o quanto saem durante os fim de semanas, mostrando ter uma vida social ativa, porém quando entram no banheiro logo após o almoço, o assunto das três garotas muda completamente para sobre ter um corpo magro, e assim, elas forçam vômito como algo extremamente normal, pois este distúrbio faz parte do cotidiano destas populares, ou seja, mesmo elas querendo mostrar ter a vida perfeita, elas sofrem desta doença pela própria pressão delas com elas mesmas. Outro personagem é o esportista cobiçado que encontra a namorada, eles são um casal normal que se gostam muito, mas estão preocupados com uma possível gravidez, porém eles são adolescentes ainda. Cada história de um personagem é retratada por vez, mas percebe-se todas estavam acontecendo ao mesmo tempo, porque as cenas se misturavam, esses personagens se cruzavam nas cenas, até chegar na cena final, enquanto todas as outras ocorrem dentro da escola, esta cena acontece na casa de um garoto que recebe seu melhor amigo, enquanto um toca piano o outro joga no notebook um jogo de atirar e matar pessoas, esses meninos decidem comprar armas e eles tem um plano: matar todos que estiverem na escola e deixar o diretor para último. Eles vão para a escola e fazem o massacre, eles já vão conscientes de que eles vão morrer pelo que vão fazer, instantes antes de matar o diretor eles explicam que o porque do que estava acontecendo era a falta de atenção que o diretor deu a eles quando eles foram reclamar do bulling que sofriam, porém eles não aguentaram a pressão, não sabiam como se livrar da situação que eles viviam na escola, por isso matam todo mundo. o filme não revela qual violência psicológica estes garotos enfrentavam, esta omissão faz o telespectador pensar no que sofre ou sofria na escola ou se cometia bulling com algum colega, pois se a situação não é contada, pode-se pensar qualquer situação, deixando para aquele que assiste imaginar o que seria tão grave a deixar uma adolescente no estado de precisar matar. Os vários personagens que incorporam padrões de alunos comuns faz com que qualquer pessoa que assista se identifique com algum deles, a intenção do editor é chamar atenção de que no meio de todas as coisas boas que ocorrem na escola, tudo isso acontece todos os dias e é estupidamente ignoradou ou tratado como algo normal.

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  2. De uma maneira geral, o filme "Elefhant" aborda as chagas mais profundas das relações interpessoais dentro dos Estado Unidos: A questão visibilidade e invisibilidade que se constrói dentro da escola a partir de valores maiores como a competição e a profusão de esteriótipos.

    A partir de uma rede de vidas que se conectam sobre as circunstâncias da invisibilidade social e a violência simbólica a ela agregada, é possível ter na escola um microcosmo representativo do que é a estrutura social norte americana e seus simbolismos agregados, pois inseridos em um capitalismo severamente agressivo, com bases ideológicas profundamente ligadas à questão do "self made man" e da predestinação do bem estar, o individualismo toma conta do espaço social e se alia dolorosamente aos esteriótipo do homem/mulher anglo saxão: Branco, loiro, corpos delineados e propensas a adquirir grandes fortunas com o esforço/mérito próprio.

    O filme tem um claro corte social: jovens da classe média americana que ao sofrerem a violência sistêmica da sociedade em que vivem, assumem comportamentos deletérios como a bulimia e até o caso mais agressivo como os assassinatos em massa.

    Temas como a liberdade aparecem de forma fetichizada nos debates culturais e políticos norte americanos, principalmente quando se materializam sob as circunstância do porte de armas, pois seria de ordem imediata e necessária a possibilidade de defender a si próprio, bem como de forma análoga, é recomendável que sua atividade pessoal seja de natureza empreendedora e que financie as sua individualidade enquanto vontade particular.

    Em outras palavras, o indivíduo se opõe constantemente a sociedade na medida em que esta limita os seus apetites vorazes. A dimensão da liberdade plena realizaria-se na esfera do mercado e este por consequência é mediado pela relação utilitarista "custo e benefício". Não há promessas humanistas no liberalismo americano, fato que leva a uma série de distorções como as apresentadas na película, em que todos aqueles que não se enquadram na ideologia do "self made man" anglo saxão, cujo destino é a prosperidade estão fadados ao esquecimento e ao sofrimento por falta de reconhecimento.

    A "liberdade" aprisiona a sociedade americana.

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  3. O filme ao tratar de maneira cotidiana as pessoas afetadas pelo ataque em Columbine e também os autores do atentado, acaba por criar um campo hipotético para as causas. De maneira não linear o diretor mostra que os autores do atentado tinham uma boa formação, classe média, acesso irrestrito ao mercado de armas, admiração pelos regimes totalitários e sofriam com brincadeiras na escola. Tais representações juntas colaboram para um universo beligerante que alimentava os dois.
    Por outro lado, a naturalidade, articulação, nível de organização do ato e consciência da morte certa (quando eles tomam banho juntos resolvem se beijar pois sabem que morrerão) também corroboram para a hipótese de um quadro patológico de alguma psicopatia.
    Independente, entretanto das causas particulares, a quantidade excessiva destes acontecimentos em território norte americano faz com que associemos elementos centrais do modo de vida da classe média estadunidense com a possibilidade de desenvolvimento destes atos. A cultura bélica de estado e a venda de armas faz com que crianças sejam constantemente permeadas por armas. E na condição de crianças, podem não discernir ainda a realidade e a consequência dos atos. Uma sociedade que usa a guerra como linguagem tem suas crianças com constante signo da violência.

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  4. Romulo Camargo, R.A.:21056613
    Penso que o massacre em Columbine tem causas complexas.
    Ao meu ver isso ocorre por conta da transformação dos valores fundantes dos EEUU.
    Esse valores podem ser sintetizados no trabalho como algo positivo, e na prosperidade como sinal de realização da vontade de Deus na terra. Além da autonomia, representados pela propriedade dos Colonos, e o direito de auto-defesa, inclusive contra o próprio governo.
    Esses valores, num primeiro momento, foram extremamente benéficos para os EEUU, pois concretizados em instituições e relações que os proveram de uma superioridade pragmática em diversos campos, que os possibilitaram emergir após a segunda guerra mundial como potência definitiva no mundo ocidental.
    Como citado por Alexis de Tocqueville, a própria noção de autonomia e valorização do trabalho, aliado com a noção religiosa de caridade, tinha como cololário a instituição de associações civis beneficentes que remediavam as contingências da existência. Isso dava ao componentes dessa sociedade uma narrativa, um discurso de que a América era para os americanos, e ancorados no trabalho, e em certos valores, eles haveriam de regrar o mundo.
    A corrosão dessa visão deu-se, assim como no ocidente de um modo geral, com a laicização da sociedade civil e de suas instituições. O espírito religioso foi removido da quase totalidade da sociedade, pela imparcialidade, restando apenas alguns indícios dele. Assim, a compensação moral que poderia dar freio a competição desmedida nos moldes do "homem lobo do homem" foi destruída, e substituída pele frágil discurso da ética laica.
    Esse discurso é frágil pois exige a utilização da razão acima da média das civilizações ocidentais, acostumada a centenas de anos de ética religiosa à qual bastava a fé.
    No vácuo moral resultante da mudança dos valores fundantes dos EEUU perde-se a conexão com a sociedade, e a noção de alteridade e empatia, restando a penas a competição e o trabalho.

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  5. Romulo Camargo, R.A.:21056613
    Penso que o massacre em Columbine tem causas complexas.
    Ao meu ver isso ocorre por conta da transformação dos valores fundantes dos EEUU.
    Esse valores podem ser sintetizados no trabalho como algo positivo, e na prosperidade como sinal de realização da vontade de Deus na terra. Além da autonomia, representados pela propriedade dos Colonos, e o direito de auto-defesa, inclusive contra o próprio governo.
    Esses valores, num primeiro momento, foram extremamente benéficos para os EEUU, pois concretizados em instituições e relações que os proveram de uma superioridade pragmática em diversos campos, que os possibilitaram emergir após a segunda guerra mundial como potência definitiva no mundo ocidental.
    Como citado por Alexis de Tocqueville, a própria noção de autonomia e valorização do trabalho, aliado com a noção religiosa de caridade, tinha como cololário a instituição de associações civis beneficentes que remediavam as contingências da existência. Isso dava ao componentes dessa sociedade uma narrativa, um discurso de que a América era para os americanos, e ancorados no trabalho, e em certos valores, eles haveriam de regrar o mundo.
    A corrosão dessa visão deu-se, assim como no ocidente de um modo geral, com a laicização da sociedade civil e de suas instituições. O espírito religioso foi removido da quase totalidade da sociedade, pela imparcialidade, restando apenas alguns indícios dele. Assim, a compensação moral que poderia dar freio a competição desmedida nos moldes do "homem lobo do homem" foi destruída, e substituída pele frágil discurso da ética laica.
    Esse discurso é frágil pois exige a utilização da razão acima da média das civilizações ocidentais, acostumada a centenas de anos de ética religiosa à qual bastava a fé.
    No vácuo moral resultante da mudança dos valores fundantes dos EEUU perde-se a conexão com a sociedade, e a noção de alteridade e empatia, restando a penas a competição e o trabalho.

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  6. O filme “Elephant” retrata de maneira ficcional o acontecimento no dia 20 de abril de 1999, onde dois jovens, Erik Harris e Dylan Klebold entraram em uma escola em Columbine, nos Estados Unidos e iniciaram um massacre atirando em todos os alunos que passassem em sua frente. Durante todo o filme poucos diálogos são mostrados, embora uma cena marcante possa explicar muito do contexto geral do acontecimento: o bullying. Em uma aula de química, enquanto o professor explicava sobre um processo de energização de um átomo, ao fundo da sala, um dos jovens autores do massacre sofre bullying de colegas de sala. Pode-se fazer uma comunicação entre esses dois atos da cena: “o garoto que sofre bullying é como o átomo recebendo essa energia, e quando tem energia o suficiente ele mesmo muda seu próprio estado e se transforma por um tempo em “outra pessoa”. Essa nova pessoa pode ser um assassino, ou uma pessoa com problemas psicológicos. O fato do diretor não definir uma data ou local no filme, não reduz o problema a um contexto específico e mostra com cenas cotidianos e interações entre jovens, que poderia ocorrer em qualquer outro local, país, em 1999, 2003 ou atualmente. O filme não esclarece, propositalmente, a motivação dos dois garotos ao realizar o massacre. Essa é uma reflexão que fica: quem os levou a arquitetar o massacre? A música do Beethoven? Os games violentos? O documentário nazista que estava passando na televisão? O fácil acesso às armas de fogo nos Estados Unidos?

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  7. O filme retrata jovens de ensino médio em seu cotidiano, até que dois jovens decidem praticar um massacre dentro da escola, localizada nos EUA. Antes do terrível acontecimento o filme mostra diversos comportamentos dos adolescentes: o bullying, a bulimia, a cobrança por se encaixarem a padrões (até mesmo no debate sobre sexualidade não há uma conversa séria de fato), a propaganda da violência que é exposta à população por meio de games. Isso mostra como nessa fase da vida, os jovens sofrem a pressão de estarem entrando na vida adulta, logo cientes da necessidade de se enquadrarem na sociedade, e quem é diferente acaba sofrendo violência física e moral dos demais que acabam se enquadrando melhor nos padrões impostos pela sociedade.
    O que me chamou atenção no filme foi a parte em que os garotos que irão praticar o massacre assistem a um documentário na TV sobre o nazismo e sua propaganda que atraiu milhares de seguidores, o que demonstra que apesar da violência ser moralmente errada em nossa sociedade, ela sempre está muito presente e de forma que atrai muitas pessoas, como é o caso dos jogos em que um dos meninos que irá cometer o massacre era acostumado a jogar.
    Vale a pena ressaltar a facilidade com que é possível comprar armas nos EUA, que sem dúvidas foi um dos fatores principais para o ocorrido. Mas então, o que levou os meninos a praticarem o atentado? No filme mostra o descontentamento de inúmeros jovens consigo mesmos e o ódio criado pelo próximo por ser diferente. Infelizmente, a escola é um ambiente em que o ódio é incitado diariamente, tanto que mostra um dos meninos que cometeram o massacre sofrendo bullying em aula, com os professores não interferindo em nada; os meninos encantados pela violência e sem nenhum sentimento de compaixão pelos seus colegas - por achar todos superficiais - matam a todos.

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  8. O filme retrata jovens de ensino médio em seu cotidiano, até que dois jovens decidem praticar um massacre dentro da escola, localizada nos EUA. Antes do terrível acontecimento o filme mostra diversos comportamentos dos adolescentes: o bullying, a bulimia, a cobrança por se encaixarem a padrões (até mesmo no debate sobre sexualidade não há uma conversa séria de fato), a propaganda da violência que é exposta à população por meio de games. Isso mostra como nessa fase da vida, os jovens sofrem a pressão de estarem entrando na vida adulta, logo cientes da necessidade de se enquadrarem na sociedade, e quem é diferente acaba sofrendo violência física e moral dos demais que acabam se enquadrando melhor nos padrões impostos pela sociedade.
    O que me chamou atenção no filme foi a parte em que os garotos que irão praticar o massacre assistem a um documentário na TV sobre o nazismo e sua propaganda que atraiu milhares de seguidores, o que demonstra que apesar da violência ser moralmente errada em nossa sociedade, ela sempre está muito presente e de forma que atrai muitas pessoas, como é o caso dos jogos em que um dos meninos que irá cometer o massacre era acostumado a jogar.
    Vale a pena ressaltar a facilidade com que é possível comprar armas nos EUA, que sem dúvidas foi um dos fatores principais para o ocorrido. Mas então, o que levou os meninos a praticarem o atentado? No filme mostra o descontentamento de inúmeros jovens consigo mesmos e o ódio criado pelo próximo por ser diferente. Infelizmente, a escola é um ambiente em que o ódio é incitado diariamente, tanto que mostra um dos meninos que cometeram o massacre sofrendo bullying em aula, com os professores não interferindo em nada; os meninos encantados pela violência e sem nenhum sentimento de compaixão pelos seus colegas - por achar todos superficiais - matam a todos.

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  9. O filme retrata o modo como os jogos de violência tem se tornado parte essencial da vida das pessoas e como isso se tornou frequente. Notamos em nosso cotidiano relatos de assassinatos em massa onde os assassinos tem como influência os jogos violentos, assim como notamos no filme proposto.
    Conforme discussão em sala de aula sobre censuras nos jogos de violência e assassinatos em escolas e faculdades americanas notamos a facilidade na compra de jogos e armas de fogo. Em alguns países, como a Venezuela há uma lei onde pode-se sentenciar à prisão por 3 a 5 anos os responsáveis pela importação, fabricação, venda, aluguel ou distribuição de jogos ou brinquedos violentos.
    Para mim, os jogos podem sim influenciar na agressividade das pessoas, porém quando combinados com outros fatores. Quando se trata de crianças, que tem um caráter mais influenciável, obviamente é preciso controlar o tempo e o conteúdo de jogo, porém os pais, muitas vezes não fazem tal controle. Na minha opinião não faz sentido proibir a distribuição de um produto voltado à adultos quando o problema é o acesso a tais jogos por parte de menores.

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  10. O filme “Elefante” retrata um massacre em uma escola norte americana, porém não deixa claro quando a história acontece. As cenas mostram jovens em situações cotidianas como praticando esportes, em sala de aula, conversando, namorando, retrata também o Bullying sofrido por alguns estudantes e bulimia. Dois jovens estudantes desta escola são os autores do massacre, sendo que um deles sofre com Bullying de colegas durante as aulas.
    O filme expressa as cobranças que os jovens sofrem, a necessidade de se encaixarem na sociedade e como aqueles que não se enquadram são excluídos.
    Podemos ver claramente como é fácil a aquisição de armas nos EUA e como isso facilita que massacres assim ocorram com frequência. Outro fator é a influência de games violentos na vida das pessoas e como estes podem despertar ações futuras. Os jogos violentos atrelados a outras condições como problemas psicológicos e pressões da sociedade podem desencadear acontecimentos como o relatado no filme.
    Os meninos em nenhum momento pensam em desistir ou como aquilo acabará com a vida de ambos, tratam com naturalidade. Em uma das cenas, os jovens assistem um documentário sobre o nazismo, sua propaganda e ideologia e pensam em comprar uma bandeira do partido. O diretor Gus Van Sant utiliza diversos ângulos e cenas soltas durante o drama e como estas se correlacionam. Esta técnica trás uma estética diferente e inovadora.
    Todos podemos nos identificar com os personagens do filme e o cotidiano na escola. Pessoas com algum problema psicológico, muitas vezes, pedem ajuda e não percebemos e o próprio o atirador deixa explicito que o diretor da escola negou ajuda de alguma maneira.


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  11. O filme aborda um fato que já virou corriqueiro na história americana, principalmente pelo fácil acesso a armas de fogo, e quando misturado isso com fatores psicológicos vemos sempre algum tipo de massacre , massacres em escolas estão geralmente ligados a Bullying ( Como o que aconteceu no realengo, RJ, onde a possível causa foi o bullying sofrido pelo autor) e no filme podemos ver a falta de tato do diretor para com a causa. Nesse caso, acredito que os jogos acabam contribuindo, até porque incitam a violência e dependendo do momento o qual a pessoa está passando acaba levando o que vê na tela para a vida. Também acredito que a facilidade de compra de armas no EUA é um tema que é discutido toda vez que existe caso como o do filme, apesar de a forma não erradicar totalmente o problema , já que no japão o controle é bem rigoroso e a poucos dias tivemos um massacre em um hospital psciquiátrico com uma faca, mas se a compra for dificultada provavelmente os casos irão diminuir.

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  12. O filme mostra situações diárias e aparentemente normais de uma escola americana, com cenas das atividades regulares de alguns dos alunos dessa escola. Num determinado ponto do filme, dois alunos colocam em prática o plano de serem notados e se vingarem da falta de atenção e da invisibilidade com que os mesmos eram tratados na escola. Na verdade, não se pode afirmar que esse foi o motivo que levou os dois alunos a cometerem tal ato, pois em nenhum momento do filme fica demostrado de forma clara quais foram as atitudes ou o que de fato ocorreu para que eles tivessem essa reação. Provavelmente foi algo que foi se acumulando durante os meses ou até anos, um sentimento que eles não souberam expressar e nem resolver de outra forma senão pela violência. O filme retrata a falta de pessoalidade e atenção que é muitas vezes vista nas escolas, e que também é comum dentro das próprias famílias. Mostra que as pessoas se preocupam apenas consigo mesmas e não se importam em como suas atitudes irão afetar as outras pessoas.Esse egoísmo é mostrado logo no início do filme, quando o pai dirige o carro sob a influência do álcool, sem se preocupar se irá de alguma forma machucar seu próprio filho. Além disso, o filme mostra de forma sutil a influência da mídia sobre as pessoas, seja através de documentários, através de jogos, ou pela propaganda de armas na internet. Um filme violento e chocante, mas que infelizmente mostra a verdade.

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  13. O filme aborda sobre uma questão séria no cotidiano americano o bullying nas escolas, a pressão social que os jovens passam, e a o isolamento a que são submetidos ao não se enquadrarem nos padrões sociais, mostra que muitas vezes estes jovens acabam escolhendo o caminho da violência e cometendo crimes terríveis, sem o menor pingo de remorso, ele mostra como os jogos violentos supostamente acabam contribuindo para isto, e como é fácil obter armas nos EUA, e a influência da mídia ao sermos bombardeados diariamente com o tema da violência a banalizando,isto deixa o questionamento a cerca de um controle mais rigoroso de armas nos EUA, algo que vem sendo discutido já a muito tempo mas que frequentemente tem seu avanço barrado, principalmente por defensores do porte de armas que citam pasagens da constituição americana (não lembro no momento qual parte, mas é uma parte BEM antiga e ela dita que todo americano deve ter direito a ter uma arma para defesa do território nacional e sua propriedade de invasores ou algo do tipo) então apesar de vermos todo dia casos do tipo, ainda estamos longe de chegar a uma solução para o problema, e enquanto isto mais vidas inocentes serão perdidas.

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  14. O filme relata através de um entrelaçamento muito interessante entre os atores protagonistas, diversos tipos de problemas enfrentados pela sociedade estadunidense e a escola foi um excelente pano de fundo para expor esses problemas vividos principalmente por sua juventude: drogas, bulimia, armas, trote, alcoolismo…
    Como a violência é o foco da disciplina, irei fazer considerações tendo esse problema como fio condutor. A princípio, podemos fazer uma ligação direta com as escolas brasileiras em alguns aspectos abordados no filme como o bullying, que na minha época não levava esse nome; o uso de drogas e álcool por menores de idade. No entanto, o assassinato em massa feita pelos garotos que obtiveram armas facilmente via Internet, acredito que não seja tão fácil esse procedimento pelo menos atualmente nos EUA, não temos paralelo no Brasil. A bulimia não era problema em minha época, esse termo não fazia parte do nosso vocabulário à época. Por outro lado, o alcoolismo demonstrado através do pai de um dos garotos no filme, já podemos dizer que é frequente em nossa sociedade.
    O fascínio pelas armas é uma característica da sociedade estadunidense, que construiu um complexo industrial militar pós segunda guerra que movimenta quantidades exorbitantes de dólares mundo afora. Existe um artigo na Constituição dos EUA que permite que os cidadãos tenham armas em casa para se defenderem, no entanto, avalio que esse artigo é datado, pois foi concebido em uma época que o risco de uma invasão da colônia era “eminente” e os cidadãos “tinham” que se defender de alguma forma. Porém, sabe-se que há um lobby muito forte da industria armamentista para o contínuo armamento da população e que não se vê um retrocesso nisso à médio/longo prazo. Mesmo havendo ataques como o retratado no filme aos borbotões em universidades e escolas americanas a cultura armamentista é mais forte que os apelos de uma boa parte da população
    (https://www.youtube.com/watch?v=fesBEK7zhTs).
    No filme, acho que de forma equivocada, caricaturaram os assassinos em massa como garotos pouco sociáveis, que gostavam de jogar games do tipo FSP (First Person Shooter) ou de tiros em primeira pessoa e entre outras coisas. Certamente, não é prudente associar certos tipos de comportamentos com potenciais criminosos.
    O game retratado no filme é bem tosco para os dias atuais, uma vez que a tecnologia possibilitou aumentarmos a realidade virtual de uma forma espantosa. Veja nesse link uma matéria extensa sobre a evolução gráfica desses games: http://arstechnica.com/gaming/2016/02/headshot-a-visual-history-of-first-person-shooters/.
    Acho difícil estabelecer limites para o uso de armas em qualquer sociedade. Existem consistentes debates sobre esse complexo assunto. Não irei me arriscar nessa área pois não tenho opinião formada para além da esfera mais lógica, e por assim ser, mais rasa sobre o tema: a finalidade de uma arma é de no mínimo persuadir alguém de fazer algo…
    Quanto ao bullying, posso dizer que pouco pratiquei e que mais fui um alvo. Era tímido e pouco sociável e não sabia me defender por ser medroso. Sei bem o quanto é nocivo na infância e na adolescência ser, por muitas vezes, ridicularizado. No entanto, aprendi com o tempo a me sair bem dessa situação. Não acho que essa pratica seja edificadora para a formação do indivíduo, mas não creio que isso ira mudar. Os educadores devem ficar atentos para brincadeiras exageradas entre os alunos e os país devem se atentar para que os país observem se seus filhos praticam ou são alvos de bullying e tomar as devidas atitudes.
    Creio que são essas as principais considerações que tenho a fazer sobre o filme “Elephant”.

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  15. O filme retrata jovens em um ambiente escolar normal, alguns atingidos por bullying, outros tentando se encaixar em padrões socais aceitáveis, etc. Fica evidente a importância que o bullying exerce sobre a vida de adolescentes, ainda em constante construção emocional e um tanto quanto um desequilíbrio que abate uma maioria desta faixa etária. Os games violentos ajudam na construção mental, no que se refere a métodos e imaginação, quando entram em contato com esses adolescentes desequilibrados e vítimas de bullying. Quanto ao momento em que os dois jovens assistem o conteúdo nazista, fica claro que mesmo os games contendo simulações de violência, os jovens eram propensos á maldade.
    A questão que chama atenção é a facilitada obtenção de armamento nos EUA. A cada dia os noticiários apresentam crimes e fatalidades motivados por armas de fogo, que são garantias de porte dos cidadão segundo a constituição do país. O mais assustador é que ao retratar pessoas normais, em situações normais, o diretor mostra como a violência pode aparecer em ambientes normais, e o acesso facilitado ás armas e á um conteúdo de ódio, podem encorajar pessoas com um psicológico mais desequilibrado que o dito "normal".

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  16. O filme retrata jovens em um ambiente escolar normal, alguns atingidos por bullying, outros tentando se encaixar em padrões socais aceitáveis, etc. Fica evidente a importância que o bullying exerce sobre a vida de adolescentes, ainda em constante construção emocional e um tanto quanto um desequilíbrio que abate uma maioria desta faixa etária. Os games violentos ajudam na construção mental, no que se refere a métodos e imaginação, quando entram em contato com esses adolescentes desequilibrados e vítimas de bullying. Quanto ao momento em que os dois jovens assistem o conteúdo nazista, fica claro que mesmo os games contendo simulações de violência, os jovens eram propensos á maldade.
    A questão que chama atenção é a facilitada obtenção de armamento nos EUA. A cada dia os noticiários apresentam crimes e fatalidades motivados por armas de fogo, que são garantias de porte dos cidadão segundo a constituição do país. O mais assustador é que ao retratar pessoas normais, em situações normais, o diretor mostra como a violência pode aparecer em ambientes normais, e o acesso facilitado ás armas e á um conteúdo de ódio, podem encorajar pessoas com um psicológico mais desequilibrado que o dito "normal".

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  17. O filme traz à tona algumas questões importantes a respeito da violência no ambiente escolar dos EUA através de diferentes óticas, diferentes perspectivas de alguns alunos que estariam presentes no momento do massacre, transitando em alguns fragmentos das histórias de vida de cada um; as tramas vão se entrelaçando, as histórias de vida de cada um se mesclam no meio escolar. É interessante notar a aparente normalidade da escola, que logo de início demonstra, sutilmente, camadas de violências subjetivas já internalizadas pelos indivíduos ali na situação. Aos poucos mostram-se situações difíceis pelas quais passam alguns dos adolescentes, como bulimia, bullying, problemas familiares com alcoolismo, etc. No contexto, seguem-se normas, cada ação tomada pelos indivíduos não pode extrapolar determinados limites e, por vezes, esse processo é internalizado nas crianças e adolescentes violentamente, física ou subjetivamente; o encaixe pode ser doloroso.
    Alguns pontos que chamam a atenção no que diz respeito aos garotos responsáveis pelo ataque, são a minúcia para efetivar o plano do massacre na escola, a indiferença ante a provável morte, o flerte com ideais nazifascistas, os jogos violentos (que podem ter um papel de influência na ação dos jovens direta ou indiretamente), a facilidade para adquirir armas no local onde estão, bem como a frieza para executar seus semelhantes.
    Um ponto importante do filme também é o diálogo de um dos garotos com um professor durante o ataque, que sugere a ideia de que este usava-se da zombaria, da chacota para com certos alunos como modo de constranger e forçar, mesmo que inconscientemente a adequação a um padrão tido como normal. Isso gera, distanciamento, um estranhamento do meio social para com esses indivíduos que destoam da norma e vice-versa. Há aí, uma relação intensa, um processo violento que se estabelece de outras maneiras que não a violência física, a ridicularização adquire papel central na exclusão e revolta desses garotos. Um deles diz em um momento, antes de assassinar o professor que haveriam outros que fariam o mesmo, que estariam fartos dessa forma de violência. É, no entanto, lamentável que a maneira de oposição encontrada por eles a essa educação agressiva, foi uma ação de violência física, extremada e absurda.
    A relação entre “nós” e os “outros”, no caso, é levada ao extremo, o único semelhante é o parceiro no massacre, o resto (todos os outros indivíduos no ambiente escolar) eram os outros, para os garotos os outros eram desprezíveis. A escola, é o local onde ocorre boa parte da socialização das crianças e adolescentes. Neste contexto, é alarmante o tamanho do descolamento e falta de identificação de indivíduos para com os outros, mesclando-se com diversas camadas e nuances de violências, que, se levadas ao extremo causam grandes tragédias como a vista no filme.

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