segunda-feira, 8 de agosto de 2016

9. Lemonade (2016)

Lemonade é o sexto álbum de estúdio de Beyoncé. Segundo Joanna Burigo, em texto publicado no Portal Geledés, "Com Lemonade, Beyonce faz do limão um coquetel molotov"

Leia a matéria completa em: Com Lemonade, Beyonce faz do limão um coquetel molotov - Geledés http://www.geledes.org.br/com-lemonade-beyonce-faz-do-limao-um-coquetel-molotov/#ixzz4GmQbZJDM 
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Façam seus comentários até o dia 21/08.


13 comentários:

  1. Beyoncé é um exemplo para as mulheres atualmente, ela vai contra e critica os padrões, suas músicas e atitudes encorajam as mulheres a se descobrirem. Em Lemonade ela puxa toda a atenção para a realidade das mulheres negras, ela encoraja a se orgulharem de si, o passado ficou na história, ela fortalece o poder feminino para que todas foquem em si mesmas e se rebelem se assim acharem necessário.A autenticidade feminina não deve ser escondida, é um direito que deve surgir naturalmente sem criticas.

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  2. “Lemonade”, o álbum visual da Beyoncé traz além da sonoridade marcante dela, uma crítica, o que chama muito atenção, pois foi muito bem realizada. De início o nome do álbum que faz referência à cultura negra e a menção sobre africanos escravizados nos EUA que clareavam a pele com limão. Ela diz: “Meus ancestrais escravizados tomavam limonada achando que isso iria embranquece-los. A mídia me deu limonada, mas não adiantou”. “Lemonade” é uma arma contra o racismo e o preconceito que mata milhões de pessoas no mundo todo; contra o machismo, onde a cantora faz desabafos sobre a suposta traição do Jay-Z: “Este é o seu aviso final. Se tentar essa merda novamente, você vai perder sua esposa”; um levante ao empoderamento do feminismo negro e o fim da violência contra a mulher, onde ela fala sobre sua família, sobre como ela vê a ela mesma como amaldiçoada porque as mulheres de sua família têm sido oprimidas por seus homens e que ela sente que precisa ser curada. Ela fala sobre ela mesma, mas também sobre seus ancestrais femininos, que vieram antes dela e que são parte de sua alma, que partilharam experiências de vida parecidas. Ela também fala para as mulheres do presente e é possível ver isso através das mulheres que ela convida para participar no filme e fala sobre aquelas que virão no futuro. “Lemonade” foi feito por Beyoncé para as mulheres negras que podem se identificar com ela.

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  3. Beyonce é considerada uma diva do pop e um expoente importante nos discursos de liberdade, empoeiramento feminino e, em especial, da mulher negra, possuindo um discurso engajado e politicamente relevante. No álbum visual da cantora intitulado “Lemonade” (2016) ela reafirma o papel que a mulher negra desempenha na sociedade, seu poder, importância e as encoraja a se rebelarem contra o sistema que as oprime.
    O título “Lemonade” faz referência aos negros e em especial menção aos escravizados pelos EUA que usavam limão para clarear a pele. Com letras marcantes ela demostra seu ativismo como em Pretty Hurts, onde critica os padrões de beleza que causam dor e sacrifício como saldo de um visual socialmente aceito. No álbum ela denuncia o racismo, sexismo, traição, opressão, vulnerabilidade e fim do patriarcalismo, reafirmando sua posição de defensora da cultura negra e feminista.
    A narrativa do álbum que mistura filme e música tem duração de 56 minutos e começa com uma frase de Malcolm X dizendo: “A pessoa mais desrespeitada na América é a mulher negra” e estrela mulheres negras falando para mulheres negras. O álbum corta a parte masculina, tornando-se matriarcal. As seções da narrativa são intituladas: Intuição, Negação, Indiferença, Reforma, Perdão, Esperança e Redenção.
    Temas como os abordados por Beyonce em suas músicas são de extrema importância para a situação que as mulheres vivem atualmente, sendo constantemente vítimas de abusos físicos e morais. Obras como esta ajudam a trazer questões que precisam ser discutidas, entendidas e erradicadas para que assim todos possam, verdadeiramente, ter seus direitos respeitados. Não existe um padrão único de beleza e cultura, todos temos direito de ser quem somos. Devemos colocar fim ao patriarcalismo em defesa da independência feminina, pois não podemos mais aceitar mulheres sendo usadas como objetos, desvalorizadas no mercado de trabalho e pelos companheiros. Beyonce, assim como outras cantoras exercem um papel fundamental nessa luta.


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  4. Beyonce tem plena consciência de seu papel social, serve de inspiração para as mulheres que buscam reconhecimento e respeito, a história da população negra teve um enredo, no mínimo, revoltante, e tudo isso, ainda faz parte muito recente de nossas memórias, sendo assim, ter como símbolo uma mulher politizada e crítica como Byonce, faz toda a diferença.
    Durante todo o processo pós colonização o negro foi despido de alma, de sensações, foi, por inúmeras vezes, zoomorfizado e reduzido a mera condição de animal, a mulher, por sua vez, foi concebida por aspectos exclusivamente carnais, distorcendo-a a mero objeto sexual.
    Por essa razão, o álbum torna- se uma espécie de grito contra todos os abusos porque passaram e ainda passam as mulheres, não só as negras, tendo que se encaixar em padrões impostos pela sociedade e impossíveis de serem atingido, desenvolvendo frustrações e baixa auto estima, as quais leva, muitas vezes, as mulheres a se sujeitar a "dores" e "sacrifícios", em busca de um "embranquecimento" da pele ou tratamentos estéticos e procuram esconder as características negras que não são socialmente aceitas.
    Perde-se, portanto, a essência dessa etnia que, durante a história, sofre com a desigualdade, o desrespeito e a violência. Ter um ícone como porta voz das mazelas sociais e raciais como a Byonce é inspirador na luta contra a desigualdade e opressão.

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  5. Muito interessante como alguns artistas e pessoas que tem certa influência na mídia e na sociedade usam este aspecto da sua carreira pra transmitir alguma mensagem importante e que tenha algum valor filosófico, social, político, ambiental ou cultural.
    Essa foi a intenção da cantora Beyonce, tanto nas letras das suas músicas, nos vídeos e nas próprias entrevistas que ela concede. Pertencente à uma parte da sociedade pouco considerada, sendo mulher e negra, ela mostra que o preconceito em nada se baseia e que só mostra a falta de senso e consciência da sociedade. Mostra isso através do seu sucesso como cantora, e da influência que exerce sobre o público.
    O álbum visual "Lemonade" é um manifesto contra todos os conceitos pré-concebidos de uma sociedade tacanha e engessada, incapaz de abrir seus horizontes e aceitar que todos somos seres humanos, pouco importando a cor da pele ou o gênero sexual, e por isso, todos temos as mesmas capacidades de se desenvolver e deveríamos ter as mesmas oportunidade para tal.

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  6. A reportagem de uma fã da cantora Beyonce mostra como a artista tem alavancado o discurso e a ação de empoderamento das mulheres. Agora em seu último album, lemonade, esta força feminina está ainda mais forte e em algumas faixas com denúcias e defesa de direitos. Como a reportagem diz de maneira muito feliz: Num mundo feito por, e para homens brancos, poucas coisas são tão subservisas quanto o fato de a figura pública mais influente da atualidade ser uma mulher negra.
    Beyoncé tem plena consciência destes processos e se engaja cada vez mais na defesa de direitos iguais. Seu trabalho mantém independência da indústria fonográfica, ela mesmo produz seus shows e discos. Um exemplo de gestão competente de carreira, mas isso não é nada próximo de seu talendo para compor e para fazer com que letras poderosas apareçam entre as batidas eletronicas fazendo com que não se limite a uma subversão da artista mas com que seus seguidores manifestem a denuncia com o corpo em movimento, em ritmo, sensualizando ou não. O que não deixa de ser também louvável.
    Como última observação, qualquer comentário que aproxime o seu álbum à sua vida pessoal e os casos já sabidos, parecerá uma tentativa estéril e machista de desviar a luz de seu trabalho.

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  7. Beyonce sempre teve em suas letras e musicas em demonstrar um empoderamento das mulheres, e demonstrar a força feminina, em lemonade este apelo é especialmente voltado as mulheres negras, a luta contra o preconceito e ao racismo tentando obter um ideal de igualdade entre todos e o fim dos conflitos sociais.

    Marcus Vinicius Pontes Sotter 11028212

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  8. A arte tradicionalmente foi um dos veículos mais importantes de protesto seja por questões sociais como racismo e preconceito seja para incentivar grupos oprimidos a se expressarem de maneira mais unida e organizada. Beyonce tem um papel importante para a música contemporânea pois procura incentivar as mulheres a se organizarem como um grupo político forte através da denúncia de situações de racismo, vulnerabilidade e violência sofrida pelas mulheres atualmente.
    O álbum Lemonade é importante no sentido de colocar Beyonce definitivamente como uma das porta vozes dos ideais de igualdade de gênero e racial. O fato de a artista ser mulher e negra tem um peso ainda mais significativo: ela provavelmente deve ter sido alvo de racismo ou preconceito de gênero em algum momento da carreira.

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  9. Beyonce apresenta um trabalho que se mostra combativo. Explora as opressões raciais e de gênero, em especial, das mulheres negras norte-americanas. Para além do que o exposto em suas composições, a maior questão que se levanta a mim é a de como um álbum cunhado no seio da indústria cultural pode ser subversivo (e se realmente o é).
    Combativo... mas até onde? Não há dúvidas acerca da importância da representatividade das minorias em espaços de destaque. Uma mulher negra compor um álbum de alta circulação comercial tratando de questões inerentes a sua condição social tem potências, mas são estas revolucionárias?
    O capitalismo necessita, incessantemente, de novos mercados. A inclusão de novos grupos nas cadeias de consumo é benéfica a ele, o mantém vivo. Inserir no mercado produtos voltados para negros, mulheres e outras minorias traz representatividade e autoestima, mas perpetua o sistema econômico que os marginaliza.
    Beyonce em sua música “Formation” canta: “(...) best revange is your paper.”, ou seja, a maior vingança de um negro perante à opressão que sofre é se tornar rico, vencer dentro das regras daquela sociedade. Torna os atos subversivos em atos individuais, nunca coletivos. O sujeito de sucesso na acumulação de capital é o revolucionário, seus pares de etnia que não lograram êxito econômico são militantes fracassados.

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  10. A questão racial nos EUA sempre foi delicada; incomodou e ainda incomoda muito a determinada parcela da população colocar em xeque certas práticas e privilégios. Trazer à tona a discussão do racismo e temas correlatos, bem como tomar um posicionamento é essencial. A violência policial, por exemplo, uma das cruéis faces da estrutura racista estadunidense, tem encontrado forte oposição de movimentos sociais como Black Lives Matter. É necessário, ainda hoje, relembrar o óbvio.
    Não apenas questões ligadas ao racismo, como questões de gênero tem enorme importância no trabalho de Beyoncé, principalmente em Lemonade. Um trabalho que tem força, que denuncia, mas que também evoca uma força que impulsiona aqueles e aquelas que de alguma maneira sofrem certas violências sutis ou explícitas hoje.
    Beyoncé consegue, em seu último álbum, “Lemonade”, trazer provocações e lembrar constantemente de temas essenciais. Ser um dos principais, se não o mais importante nome da música pop atual, e conseguir estar em destaque nos grandes veículos de comunicação, são elementos fundamentais e ferramentas usadas por Beyoncé para propagar ideias de empoderamento e crítica a mazelas sociais e violências cotidianas. Sendo um instrumento de mercado ou não, por vezes, a utilização da própria indústria cultural para que haja, pelo menos num primeiro momento, um impacto de alcance maior dos temas propostos, tem sua relevância.
    Beyonce conseguiu, também, sintetizar muito bem a força e a intenção de seus trabalhos mais recentes numa performance durante premiação musical BET Awards, com uma incrível apresentação em parceria com o rapper americano Kendrick Lamar, cantando a musica Freedom, do próprio álbum, “Lemonade”:
    http://www.bet.com/video/betawards/2016/performances/beyonce-kendrick-lamar-freedom.html

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  11. O universo da música pop carrega dentro de si uma série de contradições políticas, estéticas, sociais e econômicas, devido a sua relação ambígua com a indústria cultural ( capital investido em entretenimento) e as diversas manifestações morais e mesmo culturais que se desdobram na sociedade em conflito ou não, com o modelo hegemônico imposto.
    Todo artista antes de mais nada é um ser social, um indivíduo, que de forma complexa projeta sobre si e sobre o mundo uma série de valores que lhe permitem agir. Tais valores podem ser oriundos dos estratos mais conservadores da sociedade tais como posturas religiosas sectárias, credos econômicos excludentes, autoritarismos político e posturas antidemocráticas, machismos ,etc, como também pode partilhar de ideias mais progressistas como as de alteridade, identidade, redistribuição econômica e dignidade social, equidade, relações de gênero e sexualidade entre outros.
    Byoncé não está fora deste amplo espectro. De fato, é uma artista que se desatacou pelo seu potencial criativo e pela sua capacidade de resistência e permanência no agressivo e competitivo mercado fonográfico. Mas para além de sua criatividade artística, ela também Vem se destacando por sua postura política progressista, capaz de despertar em milhões de pessoas sentimentos e reflexões que antes se encontravam marginalizados pelos grandes meios de comunicação.
    Chamar a indústria cultural de politicamente progressista seria um exagero, Byoncé se utiliza dela para que sua mensagem atinja o maior número de pessoas possíveis; a flexibilidade da artista é um modelo difícil de ser copiado, pois aliar competitividade de mercado com discussões políticas de grande envergadura exigem um planejamento , talento genial e um contexto político favorável.
    De qualquer forma, a exposição de temas como racismo, feminismo , sexualidade e gênero em suas músicas revelam uma fissura possível dentro do grande conglomerado fonográfico, contanto que as “reformas estejam dentro da ordem”. Contudo, Para que a discussão não se perca em grandes generalizações é importante também ressaltar que o processo de empoderamento das mulheres negras em uma sociedade racista e patriarcal é uma luta de grande valia e enorme potencial revolucionário.
    A título de exemplo temos a contribuição artística e política de Nina Simone cuja proposta estética ligada ao jazz uniu-se a reivindicações políticas de grande envergadura como “Pan-Africanismo”. Concordando ou não com Simone podemos coloca-la como uma artística cujos valores sociais encontravam-se “fora da ordem” e por isso abandonada pelo “entretenimento de grande massa”.

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  12. O universo da música pop carrega dentro de si uma série de contradições políticas, estéticas, sociais e econômicas, devido a sua relação ambígua com a indústria cultural ( capital investido em entretenimento) e as diversas manifestações morais e mesmo culturais que se desdobram na sociedade em conflito ou não, com o modelo hegemônico imposto.
    Todo artista antes de mais nada é um ser social, um indivíduo, que de forma complexa projeta sobre si e sobre o mundo uma série de valores que lhe permitem agir. Tais valores podem ser oriundos dos estratos mais conservadores da sociedade tais como posturas religiosas sectárias, credos econômicos excludentes, autoritarismos político e posturas antidemocráticas, machismos ,etc, como também pode partilhar de ideias mais progressistas como as de alteridade, identidade, redistribuição econômica e dignidade social, equidade, relações de gênero e sexualidade entre outros.
    Byoncé não está fora deste amplo espectro. De fato, é uma artista que se desatacou pelo seu potencial criativo e pela sua capacidade de resistência e permanência no agressivo e competitivo mercado fonográfico. Mas para além de sua criatividade artística, ela também Vem se destacando por sua postura política progressista, capaz de despertar em milhões de pessoas sentimentos e reflexões que antes se encontravam marginalizados pelos grandes meios de comunicação.
    Chamar a indústria cultural de politicamente progressista seria um exagero, Byoncé se utiliza dela para que sua mensagem atinja o maior número de pessoas possíveis; a flexibilidade da artista é um modelo difícil de ser copiado, pois aliar competitividade de mercado com discussões políticas de grande envergadura exigem um planejamento , talento genial e um contexto político favorável.
    De qualquer forma, a exposição de temas como racismo, feminismo , sexualidade e gênero em suas músicas revelam uma fissura possível dentro do grande conglomerado fonográfico, contanto que as “reformas estejam dentro da ordem”. Contudo, Para que a discussão não se perca em grandes generalizações é importante também ressaltar que o processo de empoderamento das mulheres negras em uma sociedade racista e patriarcal é uma luta de grande valia e enorme potencial revolucionário.
    A título de exemplo temos a contribuição artística e política de Nina Simone cuja proposta estética ligada ao jazz uniu-se a reivindicações políticas de grande envergadura como “Pan-Africanismo”. Concordando ou não com Simone podemos coloca-la como uma artística cujos valores sociais encontravam-se “fora da ordem” e por isso abandonada pelo “entretenimento de grande massa”.

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  13. Em Lemonade, Beyoncé resgata as críticas sociais de forma mais contundente, já que em seus álbuns anteriores, a cantora parece ter cedido espaço ao pop trivial e explorado de forma superficial assuntos como o racismo, o empoderamento da mulher e a exaltação da cultura negra. Comediantes americanos, logo após a apresentação do single Formation na abertura do Super Bowl, que causou tanta polêmica, fizeram um vídeo sobre a reação das pessoas ao ouvirem a musica. Como um vídeo de humor, as pessoas reagem como se tivessem descoberto algo inacreditável, ficam espantadas por descobrirem que a Beyoncé é negra, e que esta cantando uma música que não é destinada ao público branco, como os seus outros hits.
    Beyoncé aparece nesse novo álbum muito mais politizada e resgatando ritmos e características da cultura negra americana. É de fato um álbum de grande importância, pois tendo Beyoncé a visibilidade que tem, uma das maiores cantoras do mundo, a crítica e o empoderamento são importantíssimos para o desequilíbrio da lógica de cultura de massa branca, que subalterna o que não está em seus padrões, e assiste agora, a maior cantora do mundo, a exibir uma nova era de sua carreira muito bem sucedida, de empoderamento feminino e exaltação á cultura negra

    Gabriel Chagas RA: 21060915

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